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N. Sra do Carmo - 16 de Julho

  • Published: Tuesday, 23 July 2024 19:23
  • Last Updated: Friday, 26 July 2024 13:23

COMEMORAÇÃO À N SRª DO CARMO, NO PELOTÃO ESPECIAL DE FRONTEIRA DE
FORTE DE COIMBRA MARCA HISTÓRIA AO SER PRESIDIDA PELO ARCEBISPO
ORDINÁRIO MILITAR


   Forte de Coimbra (MS) – No dia 16 de julho de 2024 foi realizada a procissão terrestre e fluvial, seguida da contextualização histórica no pátio interno do Forte de Coimbra e celebração da missa, na Capela de N. Srª do Carmo, protetora de Coimbra, presidida Arcebispo Ordinário Militar Dom Marcony Vinícius Ferreira, de Brasília-DF. O evento foi concluído com a um almoço em caráter festivo tradicional, contando com o apoio da Fundação de Cultura e Patrimônio Histórico de Corumbá (FCPH).

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   Primeira vez na história do PEF/FC o Arcebispo Ordinário Militar preside a missa em Forte de Coimbra acompanhado do Capelão do Exército Padre Maj Leandro Pereira da Silva, do Capelão da FAB Capitão Edson Mendes de Souza e do Capelão Naval 1º Tenente Anderson Rodrigues do Nascimento, que contou com a presença do Comandante do 17º Batalhão de Fronteira, Coronel Fabiano da Silva Carvalho, juntamente com militares do Exército Brasileiro, da comunidade civil, acompanharam a procissão até o pátio do Forte Coimbra, onde a imagem de Nossa Senhora do Carmo foi recepcionada com honras militares e recebeu a faixa de Comandante. 
A celebração foi organizada pelo Comando do 17° Batalhão de Fronteira em parceria com representantes da Comunidade local e da Fundação de Cultura e Patrimônio Histórico de Corumbá, por intermédio do Diretor-presidente Joilson da Silva Cruz, que proporcionaram apoios de bandas musicais, ornamentação, entretenimento, no período de 13 a 16 de julho de 2024.

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   A celebração do dia da aparição da N. Srª do Carmo, mantém viva a história secular e religiosa do Forte de Coimbra por mais de dois séculos de existência. Esta celebração foi instituída para comemorar a sua aparição a São Simão Stock, em 16 de julho de 1251. O Primeiro livro dos Reis narra que o profeta Elias, se reuniu, no Monte Carmelo, com alguns homens, para defender a pureza da fé e vencer um desafio contra os sacerdotes do deus Baal. Desde aquela experiência, formaram-se grupos de monges, que se inspiravam no profeta Elias, seguindo a regra de São Basílio: há indícios sobre isto, no século XI, quando os Cruzados chegaram ao local. Por volta de 1154, o nobre francês, Bertoldo, ao chegar à Palestina, com seu primo Aimério de Limoges, Patriarca de Antioquia, retirou-se para a montanha, onde decidiu reunir os eremitas para viver como cenobitas. Os religiosos construíram uma igrejinha, entre suas celas, dedicada à Virgem. Assim, foram chamados Irmãos de Santa Maria do Monte Carmelo. Desta forma, o Carmelo adquiriu seus dois elementos característicos: referência a Elias e união a Maria Santíssima. Ali, segundo a tradição, a Sagrada Família se hospedou ao voltar do Egito.

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    A celebração tornou-se um evento turístico, o qual atrai pessoas de vários lugares do Estado, onde se cumprem promessas e graças são recebidas e lembranças deixadas no manto de Nossa Senhora do Carmo.
   A importância da celebração de N Srª para o Forte de Coimbra compreende o contexto do ano de sua construção em 1775, às margens do Rio Paraguai, o qual situa-se entre morros, pouco acima onde existe o marco da tríplice fronteira – Brasil, Paraguai e Bolívia – entre os pantanais de Corumbá e Porto Murtinho. Sua construção foi numa época de total fragilidade dos limites de Portugal com a Espanha, causou controvérsia, ao ser erguido em local errado. O ponto escolhido era o Fecho dos Morros, já próximo de Murtinho.
   Credita-se a Nossa Senhora do Carmo milagres ocorridos durante as batalhas contra espanhóis e paraguaios, notadamente em 1801 e 1864, respectivamente. Na primeira batalha, atribui-se à N Srª do Carmo o livramento da guarnição militar do Forte, que contava com 110 homens, cinco canoas e três canhões, de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando o exército espanhol era muito superior, formado por 600 homens, navios e 30 canhões, o qual tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal. A vitória dos portugueses é creditada como milagre de N Srª do Carmo devido à inferioridade bélica em relação ao exército espanhol, não havendo registros de aparição de N Srª do Carmo nesta data.
   O milagre que ocorreu durante a Guerra do Paraguai, no dia 28 de dezembro de 1864, a tropa paraguaia com 3,2 mil homens, 41 canhões, 11 navios e farta munição cercou o Forte.
   Os brasileiros, com 149 homens, resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem da Santa na muralha do forte e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes. Atualmente, uma imagem em concreto de N Srª do Carmo se destaca na mesma muralha, de frente para quem sobe o Rio Paraguai.

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Créditos: 1° Tenente Vicente, 3° Sargento Boaventura, Cabo Carlos Julião e Soldado Rezende.

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